Compartilhe este artigo:

Com a crescente demanda da indústria 4.0 e IIoT – Internet Industrial das Coisas – há uma grande quantidade de plataformas, dispositivos, sensores, apps que podem fornecer soluções para os mais diversos desafios das indústrias. Quando falamos em “indústrias”, extrapola a vertical da manufatura para as cidades inteligentes, hospitais, agropecuária e varejo. Todas são verticais da indústria que estão e serão beneficiadas pela nova revolução tecnológica.

Voltando-se para a vertical de manufatura, que é nosso dia a dia, conversamos com dezenas de indústrias dos segmentos alimentício e bens de consumo não duráveis e frequentemente surge o questionamento do que realmente tem aderência com os desafios atuais.

Cada empresa está em um estágio de maturidade tecnológica e a análise inicial é primordial para determinar as necessidades de cada etapa. Vamos dividir a evolução tecnológica em seis etapas:

  • Automação – computadorizar processos eletro-mecânico, manuais e acelerar a realização de tarefas repetitivas com ganho de escala e precisão de fabricação. É o estágio que permite produzir grandes volumes a um custo competitivo com uso de controladores e interfaces operacionais como CLPs, IHMs, Supervisórios e robôs colaborativos.
  • Conectividade – eliminar o isolamento das chamadas ilhas de automação, ou seja, o sistema pode ser até automatizado, mas não possui comunicação com outros sistemas. É comum ver esse tipo de sistema de fabricantes diferentes que compõe uma linha de produção. Nesse estágio as redes industrias passam a ter papel primordial para convergir a um único bus de tráfego de dados.
  • Visibilidade – trazer as respostas para o que está acontecendo na produção de maneira integrada. A decisões passam a ser baseadas em informações em tempo real. Dashboards com KPIs, módulos de MES coletando dados de diferentes fontes começam a formar visões únicas.
  • Transparência – permite extrair as respostas para análise das ocorrências, compilar grandes bases de informações (big data & analytics) e produzir informações para tomada de decisão baseadas em conhecimento aplicado e identificação de causa raiz.
  • Predição – sistemas capazes de antever aos problemas e fornecer subsídio para manutenções programadas sem causar impactos de quebras na produção. Envolve a projeção de cenários futuros
  • Adaptabilidade – o último estágio onde os sistemas são capazes de analisar as tendências e promover ajustes automaticamente sem a intervenção humana.

Boa parte das indústrias está entre o segundo e o terceiro nível, com arquiteturas entre sistemas isolados e parcialmente integrados. Já uma pequena parcela no quarto nível, de transparência.

Esse questionamento é fundamental para direcionar a estratégia da jornada de modernização tecnológica e prover a indústria o correto investimento.

Em qual nível sua planta se encontra?

(imagens: divulgação)