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No artigo anterior trabalhamos o tema da digitalização do chão de fábrica e a importância do fluxo de dados e informações para a contribuir para melhor gestão dos processos produtivos.

De acordo com a recente pesquisa de campo do CNI, 38,7% das indústrias possuem nível de maturidade situado no primeiro estágio de uma escala de um a quatro. Nesse estágio, na vertente de gestão de produção, as empresas possuem automação simples com máquinas não conectadas.

Em um segundo estágio, 39,1% as empresas possuem o processo parcial ou totalmente automatizado e uma parcela de 20,5% está no terceiro estágio com sistemas integrados de execução de processo. Somente 1,6% das empresas atualmente encaixam-se no quarto estágio, com gestão de produção automatizada por soluções de comunicação M2M (máquina-máquina) o que poderia ser denominado de Indústria 4.0.

Necessidade de integração

Nesse contexto, podemos afirmar que volta de 80% das empresas tem processos a serem integrados na gestão da produção, que incluem boa parte da digitalização dos dados que são registrados em papel.

Esse cenário traz a necessidade da integração e convergência das metodologias tradicionais de gestão empresarial dos diversos departamentos com a produção. O departamento de Tecnologia de Informação (TI) precisará se relacionar de forma integrada com a Tecnologia de Operação (TO) para que isso aconteça. Percebe-se um movimento de formação de comitês multidisciplinares nas grandes empresas para traçar essa jornada internamente e repensar de forma única o papel da TI e TO para responder as demandas do negócio.

As diferentes realidades da indústria 4.0

No Brasil, de acordo com o estudo de Oportunidades para a Indústria entende-se que a Indústria 4.0 não atingirá todos os setores da mesma maneira e nem no mesmo tempo. Isso reforça a necessidade de entender a realidade de cada setor e a melhor estratégia que permitirá usar a tecnologia para manter-se competitivo.

Na indústria têxtil, por exemplo, novos materiais prometem adicionar componentes tecnológicos aos produtos o que pode transformar um produto tradicional como a roupa, em um produto tecnológico. Nesse caso, uma mudança somente de digitalização dos processos poderá não ser suficiente para garantir a sobrevivência no longo prazo. Em indústrias de processo contínuo, espera-se maior integração da cadeia, estreitando o elo nas duas pontas com uso da tecnologia entre os fornecedores e clientes.

O que esperar dessa integração?

Em resumo, cada setor e cada indústria tem seu desafio. Muitas passarão por inovação dos produtos que vendem e terão a necessidade de migrar os processos produtivos convencionais para 4.0. Outras permanecerão vendendo produtos tradicionais, mas com processos melhores e mais integrados. Por fim espera-se que os benefícios sejam atingidos na melhora de produtividade, integração de produção e gestão dos processos empresariais com impactos significativos nos resultados das empresas.

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(imagens: divulgação)