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A ISA 100 é uma norma wireless consolidada com mais de 1 bilhão de horas de uso em todo mundo que viabiliza grande flexibilidade no parque industrial. Segundo estimativas levantadas pela própria ISA – international society for automation – em dois anos o seu número de adesões cresceu mais de 60%.

Porém, no cenário em que estamos hoje, de consolidação de tendências na automação industrial, surge a dúvida: será que a ISA 100 é capaz de se manter à tona com as novas tecnologias surgindo, especialmente a maior padronização da IIoT aplicada à automação industrial?

Neste artigo procuramos explorar esse questionamento, e mostrar que sim, a ISA 100 além de preparada para a IIoT, está pronta e tem todas as condições necessárias para continuar se atualizando nos anos futuros.

Quer saber mais? Então continue a leitura do artigo!

A ISA 100 e a IIoT

Possibilidade de aplicação imediata e preparada para o futuro

A IIoT representa uma mudança de paradigmas na automação industrial com maior potencial de transformação das soluções. Ela já pode ser aplicada agora, isso é fato, mas ainda estamos nas fases iniciais do seu verdadeiro boom, e pode ser difícil prever se os outros protocolos irão acompanhar a sua evolução.

A ISA 100 se mostra à frente das outras normas de conectividade wireless justamente pela sua capacidade de já suportar a IIoT e de possuir os meios necessários para se atualizar em casos de surgimento de soluções mais extensas, transporte de dados mais robustos e equipamentos integrados com a tecnologia.

Isso nos mostra que a ISA 100 está preocupada com o agora e com o futuro. Utilizando-se de uma estrutura de redes padrão, baseada no modelo OSI, torna-se possível inserir novos protocolos atualizados em camadas diferentes, o que torna o processo de update de novas tecnologias na rede não disruptivo. A operação não precisa parar, ela é flexível.

A aplicação simples baseada na flexibilidade e na interoperabilidade

Se a IIoT é a conexão de dispositivos, sensores, terminais, robôs, garras mecânicas e equipamentos, é evidente que há uma grande necessidade de implantar uma norma wireless que ofereça flexibilidade para tornar a conexão mais simples e interoperabilidade para evitar a fragmentação das soluções de automação industrial inclusas.

Esse é o grande diferencial da ISA 100. Abarcando a tecnologia de ponta – a IIoT – até dispositivos legados e possuindo a possibilidade de conectar-se sem grandes dificuldades com redes Ethernet pré existentes, a interoperabilidade é garantida, e a fragmentação da automação industrial em redes distintas e sistemas complicados é vencida.

Em poucas palavras, a ISA 100 não está atrelada à um único fabricante, o que lhe confere uma grande capacidade adaptativa, o melhor que há a se oferecer em um cenário de mudanças e avanços tecnológicos como o nosso.

O IPv6 como ponte para o futuro

A ISA 100 é a primeira norma de conectividade wireless a aplicar o IPv6 diretamente como parte da sua camada de Rede e Transporte, no modelo OSI.

O IPv6 traz a possibilidade da criação de subredes e do agrupamento de múltiplos sensores para propósitos de management de tráfego e rede, ao mesmo tempo em que a própria rede é dividida em “zonas” diferentes para um aumento da segurança.

O IPv6 já é visto como crítico no estabelecimento de redes IIoT, e como já está incluso na ISA 100 de forma nativa, isso já nos mostra que essa norma wireless é recomendada tanto para o aproveitamento da IIoT agora quanto para a transição que o futuro nos aponta, onde essa tecnologia muito provavalmente excederá o nível de instrumentalização – sensores, alarmes, etc. – e se tornará parte presente e fundamental no chão de fábrica.

Baixa latência, comunicação com o edge

E esses ganhos com o IPv6 e a flexibilidade de operações da ISA 100 também se traduzem em menor latência.

Qualquer aplicação de controle necessita de resposta rápida para que seu funcionamento seja conforme o esperado, e quanto mais empecilhos para a transmissão de informações houverem – indo desde protocolos incompatíveis até roteamento inadequado – maior será a latência.

A ISA 100 garante uma grande versatilidade, como você pôde perceber durante o artigo, e isso se traduz em uma latência menor – de até 100 milissegundos, conforme a necessidade da rede.

A possibilidade de resolução de dores relacionadas à latência torna-se ainda mais vantajosa se adicionarmos a computação edge na equação, que inclui dispositivos de processamento na rede local.

Dessa forma, os grandes pacotes de dados a serem transmitidos e processados não tomam um longo caminho até os servidores que entendemos como a Nuvem, o que melhora consideravelmente  o parâmetro latência e garante os requisitos das mais diversas aplicações de controle.

Nesse ponto é fácil perceber a relação entre o edge computing e a ISA 100 em uma aplicação do wireless em si,  com a IIoT: o futuro aponta para uma grande quantidade de dados sendo gerada nas indústrias a todo o tempo, sendo que eles precisam ser transmitidos com segurança e velocidade – trabalho da ISA 100 – e processados mais perto da fonte para evitar o delay que conhecemos como latência – trabalho da computação edge.

A convergência das tendências em tecnologia está transformando o que nós entendemos como automação industrial. Para você não ficar por fora de tudo o que está acontecendo, manter-se informado é fundamental. Não deixe de seguir nosso blog para mais artigos como esses!

(imagens: divulgação)