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Com o avanço da IIoT  e com sua representatividade em sistemas de automação industrial crescendo a cada ano, torna-se necessário entender alguns detalhes arquiteturais que regem o seu sucesso no chão de fábrica.

O OPC UA surge nesse contexto como um protocolo confiável para a intercomunicação cada vez mais presente nos dispositivos, auxiliando a pavimentar o caminho da massificação do uso da IIoT.

Você sabe o que é o OPC UA? Tem dúvidas quanto ao seu funcionamento? Quer saber qual a sua relação com a IIoT? Então continue a leitura deste artigo para saber mais!

O que é o OPC e OPC UA?

Antes de tratar do OPC UA em si, é necessário o aprofundamento no conceito de OPC, e destacar a sua evolução desde 1996 até o que já vemos hoje, a conexão abrangente e segura através do OPC UA.

OPC é o padrão de interconectividade de dispositivos, responsável por regular a troca segura de dados em ambientes que se utilizam de redes de comunicação para fins de automação industrial. O OPC em si não é um produto, sendo open source e de livre codificação para os mais variados fins e a aplicabilidade em diversas plataformas.

No seu início, em 1996, o OPC buscava criar padrões de conectividade entre PLCs, abstraindo os protocolos mais utilizados – como o Modbus e o Profibus –  em uma interface padronizada. Hoje em dia, esse primeiro momento é conhecido como OPC Classic.

Buscava-se, então, a maior comunicação, interconectividade entre dispositivos de automação e uma difusão mais simples e acelerada da automação industrial, pois vários dispositivos passaram a surgir no mercado utilizando-se desse protocolo.

A evolução para o OPC UA

Encontrando-se na vanguarda da integração que permitiu uma maior comunicação entre dispositivos e, consequentemente, uma grande expansão da automação industrial, o OPC já permitia controles de dados (OPC DA – Data Access), alarmes e eventos (OPC A&E) e acesso do histórico de dados (OPC HDA).

O maior porém do uso do OPC Classic era a sua limitação ao Windows, já que ele foi construído e codificado a partir do DCOM, o modelo de distribuição de componentes da Microsoft. Com o declínio do uso do COM e DCOM pela Microsoft e adoção do padrão SOA (Service Oriented Architecture) – na realidade da automação industrial, esse passou a ser um problema na busca pela padronização da interconectividade.

O OPC UA surge como uma interação entre essas modalidades e um update, permitindo suporte para diferentes sistemas operacionais, a possibilidade de operar através de VPNs e uma comunicação mais efetiva para modelos que se utilizam da computação em nuvem.

Essa necessidade de se atualizar surge pela expansão da automação industrial auxiliada pelo próprio protocolo, e agora, com a massificação esperada da IIoT e do edge computing, o OPC UA mais uma vez encontra-se na vanguarda da virada dos tempos e já se consolida como a arquitetura mais indicada para esses usos.

Descubra mais sobre a compatibilidade do OPC UA com a IIoT no próximo tópico!

O OPC UA é a escolha certa para a IIoT?

OPC significa open platform communications, ou comunicação aberta entre plataformas, em tradução livre. UA é a sigla para unified architecture, ou arquitetura unificada.

Essa é a maior missão da OPC Foundation, encontrada no próprio nome da sua principal contribuição: a unificação de arquiteturas através de um parâmetro único, um protocolo capaz de se apresentar de diversas maneiras para contemplar as mais variadas soluções em conectividade na automação industrial.

As predições sobre o uso do OPC UA na era IIoT da automação industrial seguem essa linha de raciocínio: por ser open source, é possível adaptar o protocolo para as mais diversas necessidades da automação, inclusive os dispositivos IIoT. Além disso, o grande suporte para diferentes sistemas operacionais, inclusive os mobiles como Android e iOS, possibilitam a maior conectividade que o salto para a IIoT demanda.

Outro grande ponto positivo do OPC UA em relação à IIoT é o incremento desse tipo de comunicação nos novos modelos de servo drives, supervisórios, CLPs para a IIoT: torna-se mais simples a conexão quando todos os dispositivos, mesmo os legados com suas particularidades e personalizações, falam a mesma língua e se utilizam da mesma arquitetura de conectividade.

É cedo para dizer que o OPC UA é a solução para a integração dos dispositivos IIoT, pois a real massificação e popularização dessa tecnologia ainda virá nos próximos anos.

Porém, com o que vemos hoje e com os avanços que a OPC Foundation indica estar preparando – inclusive em parceria com a Microsoft, que avança a passos largos na viabilização da computação edge – tudo nos diz que essa arquitetura participará de maneira ativa no futuro da automação industrial, que já se assoma no horizonte.

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(imagens: divulgação)