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Os usos da automação industrial podem ser vários, isso é inegável. Há uma grande possibilidade de aplicação e extração das suas vantagens, indo desde a otimização do processo de manufatura até a elaboração de novas estratégias e produtos.

Mas quais são os usos da automação industrial no Brasil, especificamente? Será que nossas indústrias estão se aproveitando de todo o potencial da automação industrial? Quais são as aplicações mais utilizadas e o que isso representa para a nossa realidade de produção?

É o que esse artigo procura responder. Quer saber mais? Então continue a leitura!

Quais são os usos da automação industrial mais aplicados pela indústria brasileira?

Existe um caminho natural da automação industrial pelo mundo, passando por algumas etapas. Inicialmente, os investimentos são feitos em ferramentas que buscam a automação de processos, soluções essas focadas em automatismo do chão de fábrica para reduzir os ciclos de produção, ganhar repetibilidade e segurança nas operações dos processos e máquinas.

Podemos citar nesse estágio a automação com sensores e atuadores  com uso de integração sistemática de PLCs e IHMs e supervisórios.

Em um outro momento, o foco passa a ser o desenvolvimento da indústria e redução do time to market com uso de ferramentas integradas de gerenciamento de produção, eficiência e qualidade que traz informação em tempo real e permite uma tomada de decisão mais assertiva nos direcionamentos de produção. O terceiro estágio, o que as indústrias globais de grande porte já se iniciaram, diz respeito à novas estratégias de desenvolvimento de produto de maneira mais integrada com o setor produtivo, integração da cadeia de fornecedores, novos modelos de negócio impulsionados pelas tecnologias habilitadoras da IIoT 

Mas em qual desses estágios o Brasil se encontra?

O Brasil e a automação industrial: vamos aos números

Recentemente, a CNI – Confederação Nacional da Indústria – fez um estudo para identificar os principais usos da automação industrial no Brasil, e os resultados nos inseriram nesse primeiro momento, sendo que gradualmente estamos realizando a transição para as soluções focadas no desenvolvimento da indústria e dos seus modelos de negócio.

A automação digital sem sensores, ou seja, que se utiliza de sistemas e terminais para aplicações de controle da produção, é usada por 11% das indústrias consultadas. Já a automação com sensores, amplamente utilizada por indústrias por todo o mundo, é usada por 27% das brasileiras.

O uso de supervisórios  e  plataforma MES é de 7% nas nossas fábricas, enquanto a automação com sensores para identificação de produtos, condições operacionais e a criação de linhas flexíveis é de 8%.

Dentro dos usos da automação industrial, mostra-se claro que o Brasil avança naturalmente para os estágios superiores de aplicação. 19% das indústrias consultadas usam sistemas integrados de engenharia para a manufatura e o desenvolvimento de produtos, e essa opção foi tida pelos entrevistados, junto com o uso de sensores para a otimização dos produtos, como a campeã na importância para a competitividade da indústria. Porém, apenas 5% se utilizam de modelos virtuais para a simulações, análises, prototipagem rápida e impressões 3D.

Indo além, o percentual de indústrias que se utilizam da big data – a coleta e o processamento de grandes quantidades de dados, normalmente fornecidas por dispositivos IIoT e reguladas por soluções de computação edge – e da inteligência artificial nesse âmbito também é pequena: apenas 9%.

Lendo nas entrelinhas: o que os números nos dizem? 

Nós podemos entender com esses resultados que o maior foco da indústria brasileira é aumentar a produtividade e reduzir os custos.

No mesmo estudo, a CNI também perguntou quais são as prioridades da indústrias em relação aos usos da automação industrial – ou seja, quais os benefícios esperados pela adoção da automação –  e o resultado corrobora essa interpretação: 54% buscam reduzir os custos operacionais e 50% querem aumentar a produtividade. A soma ultrapassa os 100% pela possibilidade de múltipla escolha.

Essas preocupações revelam o caminho natural que falamos acima, o da transição gradual dos usos de automação industrial focados em produção e efetividade para a preocupação com o produto e o desenvolvimento da indústria.

O Brasil deve se desenvolver em todas as frentes simultaneamente

Enquanto as indústrias globais vem expandindo cada vez seus usos da automação industrial, o Brasil, como concluímos, está seguindo um caminho previsível porém lento de desenvolvimento.

De acordo com a sondagem da CNI, 43% não identificaram quais tecnologias investir dentre dez listadas. Isso desperta a necessidade do trabalho consultivo para construir uma visão de investimento direcionado para o segmento, realidade  estágio de maturidade da sua planta. Adquirir tecnologias sem uma análise cuidadosa pode não trazer os benefícios e retorno esperado.

O momento de trabalhar o tema é urgente e imprescindível para garantir a sobrevivência e ganhar competividade no mercado.

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(imagens: divulgação)